segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Mais uma vez...

"Vou fazer só mais uma vez, agora, sem pensar..." Inúmeras vezes me peguei exercitando minha capacidade de fé expressa (aquela que nos faz 'fazer'). Ouvi e li milhares de citações que, traduzidas, expressam a mesma afirmativa: vence aquele que persiste e continua.

Trazemos conosco e criamos a todo o momento sonhos, desejos, perspectivas para nós e para aqueles que amamos. Alguns desses "sonhos" são trabalhados por alguns de nós com intensidade e vibração, outros com menor intensidade, e alguns esquecidos pelas distrações e frustrações que se colocam a nossa frente todos os dias a todo o momento. Mesmo aqueles sonhos que são caros para nós e aos quais depositamos muito tempo e esforço podem se tornar vazios dentro de nós em alguns momentos. Poucos são os homens e mulheres que trazem a capacidade de persistir, se reeditar, refazer-se em meio aos ciclos das mudanças constantes. Esses sonhos são trocados muito rapidamente por algo novo e instigante. Quanto menos claros forem esses sonhos, mais suscetíveis ao esquecimento das distrações mundanas. Alguns de nós, se distraem tanto que acabam por tentar viver as distrações, ao ponto de esquecerem os sonhos, não sabendo mais afirmar ao que vieram e para que estão vivendo. Viver as distrações é sempre muito bom e importante para a manutenção de uma sanidade emocional. Viver apenas pelas perspectivas e sonhos esvazia seu conteúdo e nos transforma em escravos de trabalhos, amores, religiões. Por outro lado, como disse, entrar dentro das distração e deseja-las a todo o momento esvazia o ato de viver.

Os dois contrapontos são de se pensar. Para queles que se enfiam dentro de seus sonhos esquecendo que há muita coisa para ser vivida nas distrações é perigoso. Não podemos esquecer que são homens e mulheres assim que fazem do mundo o que ele é. Aqueles que buscam apenas prazer a todo o momento esquecem-se de que vieram a esse planeta para algo e que ser relapso diante disso traz consequências. Não podemos esquecer que pessoas assim apenas consomem o que os primeiros criam.

Os excessos são sempre condenáveis. Em alguns momentos precisamos, como uma forma de manutenção da vida interna, um sentir-se parte de algo, a determinação de fazer coisas que não nos deem tanto prazer assim, mas que precisam ser feitas. A falha moral consiste em deixar de se fazer o que se deve para fazer o que se quer, nos diz um mestre. Há momentos em que executamos certos trabalhos, participamos de momentos sociais apenas mecanicamente, porque isso é preciso. E isso é o que faz a diferença. Fazer, mesmo sem vontade, mas fazer. E Em alguns momentos em um esforço de colocar certo animo e desejo no que se esta fazendo, mesmo sem vontade, faz milagres. É preciso ser feito, então transformar esse momento em infernos e céus é escolha nossa.

 Apenas fazer mais uma vez.... sorrindo e experimentando o prazer de fazer mais uma vez.

Tente fazer isso. Essa tentativa transforma os dias em momentos maravilhosos e com grandes novidades. Se de o direito de começar o ano fazendo o que é preciso sem sofrimento.

Meu desejo de muitas novidades sobre os velhos hábitos.

Rigoberto Franceschi, Dirigente Guerreiros da Luz.