segunda-feira, 8 de julho de 2013

O que Dizer, ou como Dizer?


É a forma como falamos, não o que falamos. Nosso mundo interno, aquilo que pensamos e sentimos quase sempre é diverso do que realmente acontece. Quantas vezes percebemos que erramos nossas conclusões olhando uma situação depois de um tempo? Erramos conclusões porque todas elas são embasadas, em maior ou menor enfase, em sentimentos. Nossos sentimentos, transformados em emoções pelo calor dos momentos, nos dão a real, mas falsa sensação de verdade absoluta. Nesses momentos falamos com e para a pessoas com quem convivemos sobre elas e sobre situações de formas que as ferem. Se esperássemos talvez um pouco diríamos a mesma coisa de uma forma diferente, ou talvez nem a disséssemos. 

A comunicação humana nasceu de formas simples como gestos e palavras pouco articuladas e foi se modificando através dos tempos e sociedades, algumas com maior sabedoria ao expor o que pensavam e sentiam, outras nem tanto. Essa transformação vem ganhando ares e as redes, redirecionando a forma como expressamos e, naturalmente como somos. ganhamos o mundo pelas palavras e imagens daquilo que desejamos ser através da internet e suas redes sociais. As sociedades tem buscado, através da linguagem articular com maior precisão o que se pensa e sente, mas o fato é que pouco se consegue nesse sentido. Para expressar um pensamento, articular em palavras um sentimento ou uma emoção é algo muito difícil, para não dizer impossível para nosso estágio de evolução. Desejamos falar  o que sentimos mas as palavras são tão escassas e por isso falamos de forma errada. 
A sociedade evoluiu absurdamente em alguns setores e a forma de expressão, através de linguagem ou qualquer forma que se conheça ainda anda nas trevas do tempo. Somos Homens das cavernas, traduzindo nossos sentimentos e pensamentos complexos através de um giz de carvão nas paredes dos ouvidos alheios. Essa caverna, simbolo de Obaluaiê, o senhor do oculto, não poderia ser melhor. Vivemos em uma escuridão e de tanto ver a escuridão não temos olhos para ver a luz. E  é exatamente isso que essa Força Sagrada Representa, aquilo que não conseguimos entender e expressar em nós, o OCULTO.
O que fazer diante disso. Como nos expressarmos de forma que nos entendam e para que sejamos o mais fiéis possível áquilo que somos? O que acredito, por tempo de vivencia e aprendizado de tantas milhares de pessoas que já passaram pelo templo que, ao desejarmos dizer algo a alguém que falemos com amor e carinho, ou, diferente disso nos calemos. Toda forma de amor se traduz através de sua sintonia e vibração e é SENTIDA antes ou através de qualquer palavra. O amor e o carinho emanam uma vibração que interfere na forma como ouvimos e interpretamos as palavras e os gestos. Então não se trata de o que falamos, mas como falamos e esse como falamos é a união das expressão verbal aliada a um sentimento ou sentimentos que traduzem o que desejamos. Assim não haverá interpretação errada, ou ao menos ela será minimizada. Aprendi, através de um amigo e Mestre que: "Diga tudo o que tiver que dizer, no momento certo da forma certa". 

Sei que que pela linguagem da internet não é possível a emanação de meus sentimentos, mas fica minha intenção permanente de uma semana cheia de luz, paz e... Palavras certas, no momento certo ou apenas o silêncio de nosso Oculto.

Rigoberto Franceschi,  Dirigente do Templo Guerreiros da Luz.