segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

A Anormalidade de ser normal



Todos desejam ser únicos, vencer, ser heróis, diferentes e FELIZES. Para isso desejamos fazer coisas fantásticas...Porém, nossos dias e noites nos levam, por necessidades ou apenas hábitos, a mesmices continuadas. Cansamos, naturalmente dessas mesmices, ao ponto de desejar "tirar férias". Em alguns momentos tudo parece igual e corriqueiro. O casamento, o namoro, aos filhos, os pais, o trabalhos e até o descanso, nos momentos de lazer. Como crianças, os brinquedos perdem a graça muito rapidamente e queremos mais, por isso do cansaço. Muitos que saem de "férias" retornam cansados e entediados. O brinquedo já perdeu a graça. Para alguns, quando os níveis de ansiedade são elevados, todos os momentos parecem entediantes, até mesmo aqueles ansiados por muito tempo. Tentam vive-los tão intensamente que, no máximo, ficam gravados apenas nas memórias das máquinas fotográficas.

tentamos ensinar a nossos filhos (alguns tentam) que eles devem dar o tempo de cada coisa. Porém, muitos de nós, como crianças, ensaiam por situações e pessoas e no momento em que devemos viver essas situações e pessoas com tranquilidade e felicidade, nos perdemos nos momentos e esvaziamos sua intensidade, tornando-os comuns e corriqueiros. A eficácia da vivencia de um bom momento é assumir estar nesse momento e apenas nele, pelo tempo que for necessário, Isso quer dizer que nossa consciência, pensamento e sentimentos devem estar onde estamos. Não há tempo suficiente para nós, se não estivermos dentro dos momento de "corpo e alma". E para isso é preciso treino. Tentar estar onde se esta, esquecendo que há momentos depois. Com isso não desejo que entendamos que devemos anos alienar de nossos desafios e vivencias. Mas viver cada momento é o que define se estamos vivendo ou passando pela vida. Se pergunte agora, você esta vivendo ou passando?...

Acredito que o preconceito seja um dos maiores vilões da vida. Aquele que tem preconceito se tolhe várias situações e pessoas. Não há outra maneira de viver, senão estar disposto a estar vivo dentro dos momentos. Estar nos lugares e com as pessoas não identifica que se esteja vivendo aquele momento. Estar de corpo e alma, sim!

Pensei em tocar nesse assunto, porque obviamente estamos em "festas" e a maioria de nós anseia por momentos bons. Façamos, desde agora, os momentos que desejamos para daqui a um pouco. Vivamos esse momento e nenhum mais, para que, assim, sejamos únicos em nossos momentos, heróis de nosso amigos e felizes. Para que nos lembremos de nossos momentos em memória, e, mesmo que os esqueçamos depois, que eles sejam vividos por nós, para nosso deleite e paz.

E que a escuridão da noite sagrada e Obaluaiê, tenha o poder de escurecer nossa ansiedade.

Sejam felizes agora e serão felizes amanhã. Sejam felizes agora e serão felizes sempre! Boas festas!

Rigoberto Franceschi, Dirigente Templo Guerreiros da Luz.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O Dom da Liberdade


Liberdade é um dom divino que Deus poderia não ter dado a nós,
mas deu...
Nos deu escolhas, para que nos fizéssemos diferentes,
e especiais...
Também nos deu, com isso, a capacidade de nos aprisionar em nossa liberdade, e o fazemos...
DEUS NÃO FEZ AS FLORES, CRIOU SEMENTES,
e a todas elas a possibilidade de brilhar...
Você pode voar, ou ficar no casulo...
Em 2014 faça o que quiser, mas não deixe de fazer...
Meu axé a todos os que se dão o direito de VIVER com liberdade.
Rigoberto Franceschi, babalorixá Guerreiros da Luz

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Um Presente para Você

Nessa época do ano vamos as lojas para comprar os presentes para as pessoas que são especiais para nós. Esses presentes são a personificação, os símbolos de nosso carinho por essas pessoas. Para algumas, talvez mais especiais, todo o dinheiro do mundo não compraria um símbolo do que sentimos. Isso é bom. Esses presentes fazem bem à nossa alma, quando ganhamos, por relembrar que somos especiais para alguém, e quando damos, por sentir que essas pessoas se sentem especiais.

Pensando nisso, o que dar um presente ao leitor? Sei que é pretensão de minha parte, mas vou dar um presente. Ouço inúmeras pessoas afirmando que sentem-se cansadas. Analisando, descobri que esse cansaço é emocional, mental e espiritual, na maioria dos casos. Esse cansaço causa grandes desassossegos nas pessoas. Irritabilidade, brigas, medos, ansiedades e desistências. Quero ajudar a minimizar e acabar com essas dore, através de emu presente. Ele é deveras importante. leia o post até o fim e receba o que te ofereço.

Meu presente é você mesmo. Quantas vezes você "se" deu de presente? Quantas vezes se deu o direito de não se abandonar no meio do caminho? Você da presente ao outro dentro da máxima de amar ao próximo como a si mesmo, mas você se ama o suficiente para isso? Quantas vezes desistiu de você mesmo nesse ano, de seus sonhos e desejos por medo, preconceito ou pelas palavras dos outros?

Meu presente para você é simples: Você é a pessoa mais importante de sua vida, sem sua presença nada mais acontece; O que deveria ser feito não será mais. Seus amores e desamores cessarão. Seu objetivo de vida não acontecerá. Sem sua presença tudo aquilo pelo que lutou se esvairá e em pouco tempo, em muito pouco tempo terá virado pó, ou estarão debaixo do pó. Meu presente é você, para você. Pense comigo, nesse momento você esta preocupado com algumas situações que ainda precisam se resolver. Mas para que elas precisam se resolver? Para que seja feliz. E se, nesse momento, tudo o que representa acabasse e você não existisse mais? A sua preocupação valeria? Vamos pensar juntos, hipoteticamente: e se você tivesse apenas até o dia 31 desse mês, de vida, o que você faria. Continuaria com suas preocupações ou iria dizer as pessoas que ama, que as ama? Dormiria até mais tarde; dançaria; riria de piadas sem graça, apenas por que quem as contou é importante para você; iria nas festas que é convidado, ou faria uma festa e convidaria pessoas que ama, e nessa festa não se preocuparia se esta tudo em ordem, porque isso pouco iria importar, o que valeria seriam as pessoas estarem ali, se divertindo; abraçaria e ficaria abraçado (a) sem a ansiedade de ter que sair para fazer alguma coisa “importante”. Sairia para trabalhar com a alma leve, mesmo cansado (a) de uma noite mal dormida, olharia o sol da manhã, as plantas, sentiria o vento; diria um “bom dia” cheio de luz para as pessoas, mesmo aquelas que não gostam tanto assim de você, sem reservas; comeria seu almoço sem pressa, mas como se fosse o ultimo, com tranquilidade e sabor; tomaria sorvete; daria sorvete a seus filhos. Ao invés de preocupar se com a insônia, levantaria e olharia as estrelas e a lua, que por sinal estão lindas nesses dias; e quando aquele sentimento de ansiedade pela preocupações vier você pode dizer NÃO. Exercendo assim seu direito de escolher aquilo que deseja e busca para si. Você é um ser especial, único, insubstituível, dotado de um poder pessoal que chamo de Axé pessoal, que te traz a dádiva de escolher o que é bom ou ruim para você. É possível! Não desista de você, se de um presente ou simplesmente aceite o meu.

Não se preocupe com o que pensam de você. O que valida um pensamento são nossos atos. Se não houver respaldo para palavras negativas, essas se esvairão no tempo e se tornarão nada. As pessoas falam sempre de tudo e de todos, e com você não seria diferente. Faça algo que goste de fazer, não apenas pelo dinheiro. Se for só pelo valor monetário , você estará vendendo sua vida por ele, e na maioria dos casos não vale o preço.

Aceite meu presente, e comece a se presentear!

Boa semana.


Rigoberto Franceschi, Dirigente Guerreiros da Luz

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Ontem a noite eu chorei

O Texto abaixo foi dito para todos os sensitivos que estavam na confraternização de final de ano. Para aqueles que não puderam estar, fica o mesmo sentimento de carinho e amor.

"Ontem à noite eu chorei. Lágrimas foram surgindo de meus olhos e dentro em pouco eu chorava copioso e silenciosamente. A principio não entendi exatamente o porquê daquilo. Tentei em vão conter as lágrimas, representando toda força que busco sempre, ao auxiliar as dores daqueles que me procuram, mas logo em seguida, como apenas um ser humano, deixei que caíssem como deveria ser. Em cada lágrima fui entendendo situações, das mais simples as mais complexas, das vidas das pessoas que me procuram em auxílio. Aprendi, desde muito cedo, em meu sacerdócio, que não existem problemas pequenos, existe “o” problema que a pessoa esta vivendo no momento, e que esse problema é do tamanho daquele momento para aquela pessoa. Saber e entender isso facilitou muito meu caminho, porque com isso pude ser mais prestativo, não julgando situações, vícios, e sentimentos, mesmo por mais “fúteis” que pudessem parecer. Tenho comigo algumas frustrações pessoais, por não ter podido auxiliar algumas pessoas, que, penso eu, não me deram uma chance maior de estar próximo em alguns momentos, ou apenas por pura falta de sensibilidade da minha parte. Minha estrutura espiritual, a forma particular com que observo o mundo ao meu redor, me condiciona a certos ritos que, penso, talvez me afastem de algumas situações e ou pessoas e por isso de algumas impossibilidades de auxilio, a algumas pessoas, como disse acima.

Fui derramando as lágrimas e entendendo que cada situação vivida pelas pessoas que me procuram, e procuram pelo Templo, são situações minhas, ou poderiam ser. Sei que trago junto de mim algo que chamo de “Axé Pessoal”, e que através dessa força tenha a possibilidade de manter as pessoas que amo protegidas. Esse axé pessoal não é uma propriedade minha, mas de todos os seres humanos, alguns para algumas situações, como ganhar dinheiro, por exemplo; outros para as artes; alguns, também para a medicina, e nesses casos entram enfermeiras(os), médicos, instrumentistas. Podemos saber, e sabemos quando alguém esta exercitando seu axé pessoal, porque essa pessoa vai fazer o que faz com amor, mesmo não tendo facilidade em algumas situações, ela irá se empenhar com todas as suas forças para que aquilo aconteça. O axé pessoal é soma do amor com a determinação. A minha é cuidar para que as pessoas conquistem o que desejam, mesmo que para isso, em alguns momentos eu apenas sirva de confessor.

Minhas lágrimas foram por e para todos aqueles que me acompanham nessa jornada, e que, nesse momento peço “ago”(licença) para falar que cada palavra, cada momento que passamos juntos, cada sorriso, queixa, e lágrimas tem me ensinado a respeitar a dádiva de te-los comigo. Cada axé pessoal que vem até mim, mesmo que destroçado ou diminuído pelas dores do mundo, cabe para que eu entenda e admire a luz de Olorum em meu caminho.
Alguns desistem de mim... E para estes fica tudo de bom que desejei um dia. Mas, para aqueles que seguem comigo, fica meu axé, minha proteção, minhas lágrimas, meu abraço, meu carinho e tudo o que eu puder fazer para que sejam felizes.

Ontem eu chorei... E essas lágrimas foram por todos aqueles que sofrem, se determinam, não desistem, mesmo em meio a turbilhoes de desassossegos pessoais e sociais. Ontem eu ganhei um abraço de conforto. Ah, e como esse abraço foi grande naquele momento para mim, como se o mundo houvesse criado cor e toda dor tivesse se esvaído diante dele. O abraço que recebi foi verdadeiro, como os que ofereço e os que são oferecidos nas sessões, no Templo, constantemente. Mesmo que seja com meu olhar, quando não posso expressa-lo com o corpo, meu abraço é verdadeiro e fiel, e tem todo meu axé de proteção. Aprendi que estou ligado a todos os que estão ao meu redor, mesmo que alguns deles não acreditem nisso, e isso me torna parte da vida deles.

Ontem chorei por todos os que amo, e talvez por alguns que virei a conhecer. Na minha dor recebi um abraço e ele confortou minha dor, que talvez não fosse minha. Por isso lanço uma proposta e um objetivo para cada um de vocês que amo e me amam: de um abraço em quem você ama nesse momento, e mais, tente auxiliar apenas uma pessoa nessa semana, mesmo você não conhecendo essa pessoa. Para que esse auxilio seja válido, não procure, ele vai aparecer.

E para todos os que me amam, não chorem, me deem um abraço agora. Estou esperando!"

Muita paz e muitos abraços confortantes para todos.

Rigoberto Franceschi, escritor, Dirigente do Templo Guerreiros da Luz.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Faz bem fazer o bem?


Fazer o bem faz bem. Diante de dessas afirmações, que são comuns a religiosos, ao menos aos verdadeiros, temos que refletir porque?

Há uma realidade incontestável, não expressa nos meios formais. Algumas ciências esboçam pequenos conhecimentos quanto a essa verdade. Somos Energias, antes de matéria, e essa, é a cristalização da "energia" que somos. Essa energia é parte de uma força energética maior e esta ligada a ela e a todos os "pedaços" que se desprenderam em algum momento. Para que essa energia, que somos, se cristalize no mundo da forma, acontece um fenômeno chamado de vibração. Essa vibração cria movimento e atrito e esses dois transformam pensamentos e sentimentos (energias) em realidades.

Parece complexo, porém , é simples!

Nossas palavras não tem o poder de expressar nossos pensamentos e sentimentos. Também  sabemos pouco expressar o que desejamos de outras formas, senão a linguagem. Aprendemos a desejar, porém desprezamos o atributo da fé. Essa sintetiza o sentimento real de tranquilidade quanto ao que desejamos. Se somos energias e expressamos essas energias através de vibração, o fato é que se cremos realmente que nosso desejo é valido e positivo, essa será a vibração lançada para o momento da cristalização.
Somos hoje as consequências de nossas escolhas de ontem. Na verdade, mais das escolhas sentidas do que as conscientes. Somos hoje o que sentimos da vida ontem. Você deseja desejar o bem para si, porém sente que não é possível. O que você esta vibrando é a não possibilidade.

Diante disso, eu pergunto: o que ou quem lhe obriga a sentir que não merece, ou que não é possível? A resposta será: a realidade. Você vê que não é possível, diante de sua realidade atual, não é? Por exemplo: você deseja ser feliz  financeiramente, mas se vê envolto em dividas, então sente aquilo que esta vendo. A verdade é que você esta apenas vendo um esboço de uma realidade montada ontem. Feche os olhos e SINTA aquilo que deseja, sem dar importância ao momento atual. Sei que isso não é simples, mas custa tentar?. Se somos vibração, porque não vibrar, sentir o que desejamos para daqui a um pouco?

Fazer o bem faz bem. Falei a pouco sobre a felicidade financeira, mas há outra que tem uma importância fundamental para você, como energia ligada ao todo e a grande energia criadora: desejar o bem aos outros. Se somos vibração e SENTIMOS para CRISTALIZAR, ao desejarmos o bem, esse bem já esta se cristalizando em nós. Simples assim. Deseje o bem da humanidade, sorria para ela, sinta paz para os outros, sinta saúde para aqueles que estão doentes, sinta-se feliz pelas conquistas financeiras dos outros e pelas suas, mesmo que não estejam ainda no mundo da forma, isso é apena uma consequência, para daqui a um pouco. Se não puder fazer, deseje o bem. se não tiver tempo para visitar um doente, sinta saúde para ele. Sinta-se feliz, pensando em alguém que sofre e envie essa vibração a ele.

Existem milhões de maneiras de fazer o bem. E fazer o bem, atrai o bem, e faz bem! Você pode começar essa semana buscando sentir a felicidade de estar vivo, entre milhões de pessoas que tem essa mesma oportunidade. Lembrar das pessoas que ama e sentir seu amor por elas. Lembrar das pessoas que gostaria da ajudar e lençar a elas o que deseja para elas. Isso tudo precisa ser feito com seu coração aberto SENTINDO a felicidade que deseja para si. Tente, faça esse esforço agora!

Essa postagem será colocada no Facebook e você pode compartilhar esse texto, colocando os nomes de todos aqueles que deseja o bem, para que esse sentimento se torne publico e maior.

Não posso expressar em palavras, mas o que sinto agora é muito maior do que poderia expressar... Amo todos aqueles que lerão esse post, e a todos aqueles que não terão essa oportunidade.

Rigoberto Franceschi, Dirigente dos Templos Guerreiros da Luz.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Ser bom, buscar o belo e o Justo

Como fazer o bem em um mundo que prega e incentiva o mal? Para isso precisamos saber o que é o bem. Você sabe, exatamente o que é? Já se perguntou sobre isso? Se sabe, defina isso e uma frase e coloque abaixo desse post, depois de ler.

Para entender o que é o bem, precisamos nos perguntar sobre a verdade. A Filosofia Guerreiros da Luz nos fala sobre os três tipos de verdades existentes.
1ºAs verdades relativas, ou pessoais, que mudam diante das necessidades daqueles que governam, e podem se tornar verdades comuns, mesmo não sendo. A exemplo temos o caso de alguns políticos que, por serem políticos recebem benefícios que outros, por apenas não serem, não recebem. E isso, para eles é merecimento, portanto, uma verdade. Para outros, não é.

2º Verdades essenciais são verdades que existem inconscientemente, holisticamente. Essas verdades advém das verdades absolutas, que são as terceiras. Essas verdades São universais e preexistem a moral dos tempos. Em alguns locais do planeta, um homem pode se casar com várias mulheres, em outros locais isso é bigamia.Porém, nessas duas sociedades, sabemos que matar uma das esposas é errado. A primeira é uma verdade relativa e a segunda uma verdade essencial.

3º A terceira verdade é chamada de absoluta, porque preexiste nossa razão e maneira de ver o cosmo. Uma árvore nasce, porque assim deve ser, e isso é uma verdade. Outra árvore pode não nascer porque ouve uma enxurrada de água e pedras se colocaram sobre ela, como um obstáculo. Isso também é uma verdade absoluta. Independe de nosso desejo ou vontade. Mesmo assim a natureza é sempre bela e exuberante. Ao observarmos as duas hipóteses, nos pareceria que a primeira árvore teve mais sorte, porém na natureza não há caos e tudo sempre acontece da forma como deve acontecer, e isso se expressa na beleza e leveza da natureza.

Diante disso, penso, em que momento posso fazer o bem. E a resposta me vem de pronto. Desejando não fazer o mal, buscando o bom, o belo na arte da natureza diversa e humana e o justo, porque aquilo que é justo é bom para todos e é bom para a humanidade.

Alguns pedaços de fazer o bem:

Desejo o meu bem sem desejar o teu mal. Me amo, e amo você. Caio, por vezes, mas não desejo que aconteça com você. E mesmo caindo, farei de tudo para que você não caia. Mas se cair, o ajudo a levantar. Busco meu progresso, nunca teu fracasso.

Alguns pedaços de Ver o belo:

Sinto quando desejas meu bem. Também amo você. Se eu cair sei que posso contar com você. Meu progresso é teu progresso, sinto isso em tua natureza.

Alguns pedaços do Justo:

Se for bom para você e para mim, é justo. Se você me ama e eu te amo, é justo esse amor. Se eu cair e você me auxiliar e se você cair e eu te auxiliar, isso é justo. Se teu progresso não diminuir o meu, isso é justo.

E dai, da pra fazer?

Rigoberto Franceschi, Dirigente dos Templos Guerreiros da Luz

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Analfabetismo Emocional


  Antes me sentia analfabeto, hoje, de tantas tentativas,aprendi a identificar algumas situações. Nascemos analfabetos emocionais e consequentemente espirituais. Aquele que não consegue tratar de suas emoções terá um abismo para chegar até as coisas de Olorum. E esse abismo é o estado em que se encontra a humanidade, ou boa parte dela. Nós, seres humanos, estamos doentes de expressão.

   As palavras não tem, por mais complexas que se façam as frases, o poder de articular o que sentimos. Há uma deficiência em nossa linguagem ( e não estou falando apenas do Português-Brasil ) em expressar nossos sentimentos e emoções. Talvez a linguagem não tenha acompanhado nossa evolução mental e emocional, ou jamais tenha chegado a acompanhar. Agora mesmo, nesse momento, as palavras que são usadas não refletem exatamente o que desejo expressar. Essa constatação me assustava até pouco tempo. Como fazer para expressar coerentemente aquilo que eu desejava, para que não houvessem distorções? Em quantos momentos disse o que sentia e fui mal interpretado. E você que lê: em quantas situações já foi mal interpretado e julgado pelo que não disse, mas expressou?

   Através dessa filosofia iluminadora aprendi algo que me auxiliou em meu analfabetismo. "Antes de ouvir, as pessoas sentem". Nessa frase simples escoro minha fé em ser menos mal entendido e entender mais aos meus semelhantes. Depois de aprender esse ensinamento profundo, que além da frase, me diz que, pela nossa natureza humana, estamos ligados mental e emocionalmente a todos os seres dentro da natureza, mesmo não tendo consciência disso. A existência de um mundo emocional e mental, onde transitam emoções, sentimentos e pensamentos dos mais variados, e a todo o momento essas forças nos afetam, dá respaldo a frase. Esses mundos mental e emocional não estão fixos a nós, como o pensamento Kartesiano prega. São mundos alheios a estrutura da consciência e que tem conexão com ela. Sabendo disso, acredito que, mais do que as palavras que saem de minha boca, as pessoas sentem aquilo que sinto e penso delas, mesmo não tendo expressado em palavras esses sentimentos.

   Vivemos em um mundo regido pela mentira. Desde muito jovens aprendemos a mentir, para sobreviver e, por esse fator, sofremos. Pelo pensamento Kartesiano, a mentira só pode ser descoberta se expressa pelo mentiroso. Porém, pensado de uma forma holística, toda a mentira é descoberta e sentida, mesmo sendo inconsciente. Claro que, em todos os momentos a condução harmônica das palavras auxilia muito no bem estar das situações. Dizer o que sente, com verdade, sem desejar ferir, mesmo sendo algo difícil, nos auxilia na resolução das situações.

   Sentimos antes de ouvir ou ver. Esse é o fato. Muitas vezes desejamos não sentir, mas sentimos e percebemos o que esta ao nosso redor. Então, como fazer para viver bem em um mundo gerido pela mentira, e essa mentira tem causado muito sofrimento a toda a humanidade? A "teoria do amor", dessa mesma filosofia que me fala que sentimos antes de ouvir, me diz que, se eu sentir amor e expressar esse amor, as pessoas ao meu redor irão sentir e transmitir esse amor, causando uma cadeia de verdade. Essa verdade cura. A mentira continuará a existir em nós, porém, o amor pode vencer e se tornar uma verdade real. Nesse momento iniciamos nosso aprendizado Emocional. Aprenderemos a ler o mundo e as pessoas através de sentimentos que existem no amor.

   Ainda somos crianças analfabetas Emocionais e consequentemente espirituais, porém, iniciamos nosso aprendizado ao percebermos que é possível e desejarmos. Precisamos iniciar, agora, para que se faça concreto o quanto antes. Através da verdade do sentir amor, curaremos o mundo.

   Nessa semana tive a oportunidade de aprender profundamente sobre isso com algumas pessoas que amo muito. Através desse aprendizado, renovei meu amor por eles e por tudo o que representam. O AMOR CURA e tenho certeza de que, mesmo contrário ao pensamento dominante, um dia chegaremos a viver essa harmonia. A filosofia Guerreiros da Luz expressa isso, e nós, como Guerreiros, levamos essa luta para que a humanidade se cure.

   Boa semana. Meu desejo é que sintam todo o amor que estou expressando nesse momento para que curem seus caminhos.

   Rigoberto Franceschi, Dirigente do Templo Guerreiros da Luz

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Realização


Pela deficiência que, naturalmente as palavras tem em exprimir o que sentimos, não sei como dizer e, não vou conseguir, mas tentarei. O dia de ontem, com tudo o que aconteceu, me fez regredir ao estado de criança... Durante o dia me senti protegido, eufórico, determinado, acolhido, feliz e tudo isso em momentos de êxtase, com todos esses sentimentos e outros misturados em um só. Minha capacidade de tratar com situações emotivas deu lugar a uma criança que apenas vive e sente o momento, com tudo o que ele tem para dar. E foi isso que fiz.

Não tenho a pretensão de explicar aos leitores o que aconteceu, até porque não conseguiria, como escrevi acima. Há momentos que são apenas nossos e, com toda força que temos, desejamos que eles se tornem lugares comuns em nós. Cada leitor já viveu algo no minimo parecido, então sabe do que estou falando.
O que tenho a dizer é que, sem a pretensão de regrar a vida, nossos caminhos são validados por esses momentos.

Tenho tudo a agradecer a quem esteve comigo e a suas conquistas, que unidas formaram uma conquista só. Meu carinho, meu axé e minha alegria de criança protegida para todos aqueles que estiveram comigo, ou desejaram estar. Também para o leitor que não esteve, mas que já viveu algo parecido. Para vocês: não desistam de suas lutas, não as comparem com as lutas alheias, as colocando em patamares menores diante das comparações. Validem suas vidas nos momentos de conquistas, mesmo parecendo pequenas diante dos olhos alheios.

Rigoberto Franceschi, Dirigente do Templo Guerreiros doa Luz
(Para entender o Texto,
leia a postagem anterior)

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Os Peregrinos



“Do latim per agros, pelos campos. Significa uma jornada realizada por um devoto a um lugar sagrado.” Lendo isso, em uma mídia eletrônica, me confronto com verdades essências. Caminhar pelos campos em direção ao que é sagrado. Naturalmente, ao pensarmos em “lugar”, temos a tendência mecanicista de direcionar nossa mente a um local, com sua coordenadas nesse tempo e espaço. Todas as religiões trazem esse modelo de “vivencia’’ a seus adeptos como uma forma de mudança de lugar. Ou deixar o profano para ir de encontro ao sagrado. E nós, ao menos a maioria, ainda precisamos de um local em tempo e espaço, tangível, que revele nossas expectativas do que é sagrado.

Mas, no fundo de tudo isso surge a pergunta, o que é sagrado?

Para que se “caminhe pelos campos” é preciso um mínimo de sacrifício. O sacrifício, não desejando exagerar nas etimologias, significa basicamente sacro- oficio, ou o trabalho pelo sagrado. Caminhar em direção do que é sagrado, trabalhar pelo que é sagrado. Me pergunto se não fazemos isso todos os dias, sem perceber? Ao levantarmos para trabalhar, estamos indo em direção (caminhando) para o salário do final do mês, ou a comissão, ou a boa venda que irá gerar lucros e isso tudo porque há algo maior, como o cuidado individual (o sagrado direito de existir), o cuidado com a família (sagrado familiar) e para com nossa sociedade 
( sagrado das relações interpessoais). Estamos envoltos em situações simples, que trazem uma conotação fortemente esotérica, sem que percebamos. O sagrado é muito mais do que as coisas de Olorum, o imanifesto, ou talvez todas essas estejam interpenetradas, sem que percebamos. Os aprendizados individuais, familiares e sociais possibilitam nossa ascensão, ou não, na roda evolutiva. E qual outra coisa desejamos, ao buscar o sagrado, através do sacrifício, senão encontrar a evolução financeira (individual), afetiva (familiar e amorosa) e social (inter-relações que tragam paz)? Todas essas buscas relacionadas nos levam a um encontro com a espiritualidade. Quem seria feliz em meio a pobreza extrema? Quem encontraria Olorum na tristeza de um lar desfeito? Quem vive em paz em relacionamentos desassossegados?

Por isso peregrinamos pela vida, muitas vezes sem medir os sacrifício que fazemos. Então, porque não peregrinar por algo bom e proveitoso?

Porém, nessa peregrinação, como nas peregrinações da vida o que é indispensável é a coragem para a caminhada. Essa coragem ou você tem, ou arruma para si mesmo inúmeras desculpas....

Nesse domingo, dia 10 de Novembro teremos, para os filhos e afiliados do Templo, a 1º Peregrinação aos Caminhos de Aram kaá, um local SAGRADO, onde os sacrifício é colocado para obtenção de nossa paz e de todos os que amamos. Esse Local, com coordenadas físicas, nos traz inúmeras possibilidades. Além de uma situação física, pretende nos trazer o conforto da natureza divina.  



Não iremos “andando”, porém, nossa intenção ao ir até esse espaço, “pelos campos”, conquistado pelo Tempo, é que nossas forças se renovem, para que tenhamos nossos caminhos repletos de sabores, sons e pessoas que nos façam felizes. 

A todos os que irão nessa Peregrinação, meu desejo de que os campos em que caminharem sejam repletos de flores e as pedras não se façam presentes...

Rigoberto Franceschi, Dirigente do Templo Guerreiros da Luz e Templo de campo  "Caminhos de Aram Kaá". 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Não tenho mais tempo...



“Preciso acordar e, depois de fazer uma maratona de vestir-me, escovar os dentes, lavar o rosto, tomar um café, organizar algumas coisas para o dia, como papeladas a serem revisadas e organizadas. Tudo isso me leva um tempo precioso. Depois dessa pequena maratona desço de meu apartamento e vamos para o trabalho. Menos mal que não preciso pegar transito para chegar onde trabalho. Tenho tantas coisas a serem feitas que, mesmo com minha organização – Escrevo anotações em folhas de papel de tudo o que preciso fazer -, tenho uma impressão, algo que me diz que estou esquecendo de algo. Essa sensação tem me acompanhado desde muitos dias...”

O relato que fiz acima muito provavelmente é parecido com o seu. Fazemos muitas coisas e, mesmo fazendo mais, sempre há o que fazer e algo fica para traz. Tentamos exaustivamente equalizar o tempo, para que ele nos seja fiel, mas não é possível. Por vezes perdemos a noção dele e ele nos engole. Agora mesmo, você se deu conta de que estamos chegando ao final do ano. Logo daqui a uns dias será natal, e todas as compras, e os presentes... Ah, temos muito o que fazer.

“Nesse meio tempo me vejo perdendo coisas especiais para mim. Tenho receio e cuidado para com as pessoas. Não que meus sonhos concretos – de conquistas materiais valham pouco -, porém minha preocupação e carinho, ao menos hoje, se refere a pessoas. Esqueço, por falta de tempo, talvez, de dar atenção a algumas pessoas. Em outros momentos minha sensibilidade falha em perceber que apenas uma palavra seria o bastante, e pela quantidade de coisas concretas a fazer, deixo de fazer.”

Acima outro relatinho que talvez você se espelhe. Se pensamos da mesma forma o que fazer então, para que possamos ter mais tempo e não sofrer com as ansiedades e aflições que essa correria nos impõe? O que fazer para que tenhamos sensibilidade para saber o momento certo para dizer a coisa certa, ou calar e apenas sentir o outro?

O que acredito profundamente em meu âmago que, sabendo que tudo esta ligado a tudo e consequentemente estamos ligados a natureza diversa (plantas, animais, etc.) e a natureza humana, devo concluir que a natureza diversa esta mudando. As mudanças de estação, de primavera para verão modificam as plantas e animais e com isso nossa fisiologia, humor e estado espiritual também. Se nós mudamos nossos companheiros de jornada também. Por vezes essas mudanças causam vibrações tão intensas em nossos corpos que temos dificuldades em dormir e nos alimentar, e nossos companheiros também. Estando ligados a natureza humana essas distrações que temos tido são também sentidas pela maioria das pessoas.

Estamos em conexão com a natureza, portanto façamos o que a natureza faz: nos movimentemos, sem os excessos de querer fazer tudo ao mesmo tempo. Uma coisa de cada vez, se dando intervalos para pequenos descansos. Anotar o que precisa ser feito ajuda muito. Quanto as pessoas é preciso procurar ver. E ter a certeza de que em algum momento perderemos algo. O que costumo fazer é dar espaço para que as pessoas venham até mim e falem o que desejam. Sempre me cobro nesse sentido. Não uma cobrança como forma de punição, mas apenas como lembrança e incentivo para que esses sentimento de amor não saia de mim.

Enfim. Fazer o que é preciso com a intenção exata do porque estamos fazendo. E porque trabalhamos, lutamos, acordamos pela manhã? Pela nossa felicidade e pelas pessoas que fazem nossa felicidade. Saber o porque estamos andando e para onde estamos andando. Assim levantar pela manhã se torna mais prazeroso. Trabalhar o dia todo se torna fácil, se tivermos a intenção de que nosso trabalho irá nos conduzir a algum lugar melhor. Tratar bem das pessoas, cuidando para que sejam felizes para que possamos ser felizes juntos. Hoje acredito verdadeiramente no ditado Africano que diz: “ Se um ganha todos ganham, se um perde todos perdem.”

Boa semana, paciência e paz a todos.


Rigoberto Franceschi, Dirigente do Templo Guerreiros da Luz


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

“Muito Obrigado”



Em algum momento da história humana alguém decidiu deixar de lado, por algum motivo que talvez nem ele tenha entendido, suas necessidades e vontades para “ajudar” outro ser humano. Esse ato possivelmente foi um marco para a humanidade que iniciava seu aprendizado social. Sabemos que nossas necessidades momentâneas, nossos instintos de sobrevivência, são de uma força imensa. Deixar de cuidar de nossos caminhos para fazer algo pelo outro e um ato divino. Fazer apenas por sociabilizarão, por conveniência é muito bom e necessário, porém, ao que me refiro é o ato de fazer para auxiliar e ou satisfazer o outro, diminuindo em si mesmo, naquele momento, os desejos pessoais, as buscas, o instinto.

Essa capacidade pode e é aprendida, porém é dádiva de poucos. Sempre é mais simples arranjar inúmeras explicações do porque não poder fazer, auxiliar. Temos esse “instinto primário” de buscar o que nos faz bem, antes de qualquer coisa. A exemplo, alguém que ama, cuida de seu amado por amor, ou para satisfazer “seu” amor? A resposta parece ser a mesma, mas não é. O ato do amor tem a ver com aquela porção divina de que falei a pouco, fazer sem medir ou desejar. Quantos de nós somos capazes desse ato? Quantas vezes deixamos de fazer o que é importante para nós, como indivíduos para fazer algo pelo coletivo?

Faço essas perguntas como dirigente de um Templo, uma comunidade de pessoas comuns e complexas como todo ser humano. Todos sabemos que uma instituição como a nossa depende do amor e da boa vontade de pessoas que tem suas vidas e que, em alguns momentos dessa vida, abdicam de seus afazeres e doam seu tempo aos outros. Um Templo como o nosso precisa de uma quantidade muito grande de sacerdotes para que as reuniões publicas (sessões) aconteçam. Essas pessoas, além de seu precioso tempo, doam seu conhecimento para que as forças espirituais auxiliem  os consulentes. Além, e mais, também trazem seu auxilio financeiro para que a instituição permaneça em pé e a obra continue. De outro lado, temos nossos amados consulentes, que em busca de seus sonhos e perspectivas, vem até o templo trazendo seus conhecimentos e carinho. Esses também, por amor fazem suas ofertas para que o Templo seja para os outros aquilo que foi para eles, e possam, todos os que vierem, conquistar aquilo que desejam, como eles conquistaram.
Além de todo o trabalho que temos na semana, alguns desse sacerdotes, imbuídos de um amor determinação que dão inveja a muitas instituições, vão até nosso templo de campo para trabalhar. Essas pessoas nutrem um desejo comum de fazer daquele local um espaço para que outras pessoas possam fazer seus tratamentos. Esses sabem quantos já foram curados e, talvez invadidos por esse sentimento, desejam mais... O fato é que esse desejo e para que outras pessoas se curem!

Outra questão importante é que, em algum momento da história humana, logo após um de nossos ancestrais ter iniciado o ato divino do auxílio despretensioso, ou pretensioso, surgiu, como consequência, o AGRADECIMENTO. De lá para cá, criamos várias maneiras, dependendo das variadas culturas, de expressar nosso agradecimento àqueles que fazem por nós aquilo que não precisariam fazer.

O aprendizado social que o ser humano se impõe, nos ensina atos desumanos e cruéis, porém, em meio a tantas barbáries, temos a dádiva de aprender atos divinos como o auxilio ao próximo... e com ele o agradecimento, que pode vir em palavras e atos. Para àquele que tem lutado bravamente por nossa comunidade, meu MUITO OBRIGADO de sentimento e MEU ABRAÇO de pai, irmão e amigo. Mesmo não estando perto, sintam-se abraçados. A todos os sacerdotes que tem feitos desse Templo cada dia mais vitorioso, sem desculpas e sempre determinados; e a nossos amados consulentes, meu carinho sempre diante de sua força e grandeza em fazer dessa comunidade a MELHOR!

Hoje estamos executando um ato divino, o de auxiliar a quem precisa. Por isso crescemos e disseminamos nossa luz por tantos lugares. Fiquem firmes meus filhos, irmãos e amigos em vossas determinações, e fiquemos juntos em nossa fé!



Rigoberto Franceschi, Dirigente Templo Guerreiros da Luz

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Perdi minha Esperança e minha Fé.


Hoje não tenho mais a esperança que eu tinha. Também me falta a fé que se fazia presente em mim. Perdi, e ou deixei de lado inúmeras pretensões que a algum tempo eram importantes para a sobrevivência do  meu Ego. Perdi a fé em inúmeras situações e pessoas, que a algum tempo me fariam seguir por caminhos diversos, para que eu as conquistasse. Dou exemplos simples. Hoje não nutro mais a ESPERANÇA  de conquistar pessoas que não desejam ser conquistadas, ou auxiliar, por mais belo que isso é em mim, quem não deseja ser auxiliado. Espero que não seja entendido mal, e interpretado como rançoso. Porém ao que me refiro são pretensões que existem em todos nós. Pessoas que amamos, ou são de nosso circulo de convivência e, em algum momento metem os pés pelas mãos, e nós, como desejamos seu bem, buscamos “auxilia-las”, vezes com um conselho (se fosse bom serviria para nós!), outras vezes com alguma ação (que certamente acaba em bobagem). Quem for inocente pode jogar a primeira pedra. Quem já não cometeu esse “errinho” e quase se arrependeu?

Sim, também me falta a fé que outrora já tive em pessoas que não tinham coragem para seguir seus sonhos. Insisti inúmeras vezes, na minha ignorância de não querer perceber, que há pessoas que simplesmente irão viver em redemoinhos por toda sua encarnação, sem a menor possibilidade de evolução, se não mudarem. E muitas não querem mudar. Esboçam um pequeno desejo de mudança, para satisfazerem sua medíocre vontade, porém desistem tão simplesmente como começaram. São essas que vivem suas vidas envoltas em tantos problemas aparentemente insolúveis, que são de solução óbvia, se observados com bom senso e boa vontade. Fui duro? Pense comigo, você conhece alguém assim? Se conhece, você depositaria sua fé nele?

Perdi totalmente minha esperança em pessoas maldosas, que se aproximam de mim (ao Templo que represento) apenas para conseguirem seus desejos e logo em seguida desdenham o que receberam e a quem lhes deu conforto no momento em que sofriam.

Porém, acima de tudo isso, tenho minha esperança renovada em pessoas que, mesmo sofrendo continuam sua caminhada. Reedito minha fé naqueles que choram suas derrotas comigo, para que em seguida possamos ver juntos as possibilidades deixadas nas cinzas dos escombros. Me faz feliz dar as mãos a pessoas que não tem mais forças para caminhar e velas se levantando de suas dores e deficiências. Me entusiasmo a cada novo desejo gerado por pessoas que antes não tinham mais coragem de sonhar.
Não tenho mais a Fé que antes tinha, hoje sou a fé que desejo. Não tenho mais esperanças vãs, sou a esperança, ao saber esperar por aqueles que merecem minha espera. Hoje tenho depositado minha fé naqueles que buscam ter fé em si e em suas buscas. Não perco mais meu tempo, com aqueles que não sabem o que querem. Porém meu tempo é para todos, sempre, que se dão o direito de determinar-se, mesmo em meio a desilusões, frustrações e cansaço. A esses vai minha fé, minha esperança, meu tempo e todo meu axé pessoal de Guerreiro, incansável.

Hoje não tenha a mesma fé, nem a mesma esperança. Tenho em contrapartida um entusiasmo pela vida e por todos aqueles que desejam vencer, que é maior do que eu. Com isso deixo uma frase de um Mestre Iluminado que me faz seguir, quando me vejo em meio a espinhos. “Sabes, meu filho, qual a diferença entre aquele que vence e aquele que perde?... Perde aquele que desiste, ou não sabe o que deseja. Vence aquele que anda e deseja.”

Nessa semana que passou, recebi uma pergunta de um de meus filhos espirituais, sobre o que seria a fé. Minha resposta, meu filho: Fé, para mim, é aquilo que consigo expressar de amor, mesmo em meio a dor. E Esperança (mesmo não sendo inquirido sobre ela) é o caminho que sigo com firmeza, mesmo em meio aos cansaço e aos espinhos.

Portanto, sigamos em frente. Sempre plenos de fé e esperança em tudo e todos que valem nossa fé e esperança.

Boa semana a todos.


Rigoberto Franceschi, Dirigente do Templo Guerreiros da Luz

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Samambaia


Ontem, domingo dia 05, estive junto a algumas pessoas que amo muito e tenho aprendido a respeitar mais a cada dia, em nosso espaço de campo. Temos nos dividido em esforços para organizar o espaço, pois agora, no dia 10 de Novembro, teremos a "1º peregrinação aos caminhos de Aram Kaá". E eu vi uma samambaia. Esse dia será especial para a história do Templo, pois marcará a primeira caminhada e consagração desse espaço, pelo nosso esforço em fazer um mundo melhor para nós e para todos que amamos. E a samambaia, solitária, nada fazia. Pensava, em minha vã ignorância que fazer o bem era algo para pessoas realmente iluminadas, e que haviam perdido o contato com as humanas criaturas, que por vezes sabem tanto ferir e interferir em nossas vidas, mesmo que façamos tudo certinho. Imaginava eu que uma pessoa, para fazer o bem teria de abdicar de tudo o que ama e devotar sua vida a auxiliar os outros, sofrendo todo tipo de manifestações negativas, sem se exaltar e não sofrer, jamais com isso. E a samambaia, sob a ação do vento, se movia como se nada acontecesse. Alguém que conseguisse deixar sua família para traz, e confesso que isso para mim era demais. Eu não poderia viver sem um abraço de meus filhos, ou de um carinho de meus amigos. Abandonar os luxos. Pensava eu nisso, e me atormentava imaginar em ter de ficar sem o conforto, pensem comigo,ter uma geladeira, onde residem nossas guloseimas, ou simplesmente uma água bem gelada, para os dias quentes? E aquelas folhas verdes grandes, com suas raízes fincadas no chão, iriam permanecer ali, para sempre, simplesmente como uma samambaia. Imaginava ficar sem o conforto de um automóvel, com sua usabilidades e mobilidade, que diminui distancias e facilita vidas, a minha vida ao menos.  Imaginava eu não poder ter um supérfluo, como uma roupa nova. Nesse caso me ajudem as mulheres, pensem comigo. Sem compras, sem novidades, sem... Não que somente as mulheres busquem isso, porém todos sabemos que vocês sabem usufruir muito mais do que os homens, ou alguns, ou eu, esse sabores de uma roupa nova e todo o prazer que ela pode proporcionar e proporciona. Imaginem ficar sem, para servir ao próximo, que em muitos casos nem irá lhes agradecer? E a samambaia havia nascido, com toda sua empáfia em meio as pedras, que indiscrição.

Isso tudo me vinha a mente, antes como reflexo de minha ignorância (ato de inorar, não saber), diante do ser humano e de tudo o que nos cerca. Tenho me fascinado, a cada passo de minha trajetória com a natureza humana. Nossas limitações, nossas ansiedades e diante de todas as limitações, doenças, desassossegos e transtornos que nos envolvem, nossa vibração e insistência em fazer e sermos mais. Somos realmente limitados diante de toda a natureza. Corpos fracos, estruturas ósseas que se danificam com facilidade. A mente humana é terrível. Temos de estar sempre de guarda, ou ela pode nos levar a loucura. Nossas emoções tem a capacidade de fazer um turbilhão em nós e destruir pessoas e situações em alguns segundos. Diante de tudo isso, e mesmo por isso ainda lutamos e vencemos, então, como largar tudo, para ser "bom"?

O que tenho para mim, e procuro ensinar e levar adiante é que não temos a necessidade de abandonar tudo o que nos faz felizes, até porque alguém infeliz não pode auxiliar outro a ser feliz. Podemos e devemos executar nossas buscas individuais, sem excessos, e ao efetuar nossas buscas, procurar não ferir que quer que seja. Manter nosso foco para não pisarmos sobre as necessidades e vontades daqueles que nos cercam, como família humana. Não é preciso que deixemos de comprar nossas roupas (aplauso das mulheres, agora!), nem que desliguemos nosso refrigerador, ou que abandonemos nossos carros. Porém, precisamos nos perguntar, ao fazer tudo isso, qual o sentido real da samambaia. Uma planta que cresce solitária em meio a mata, como pessoas que vivem ao nosso redor e que não temos o direito de arrancá-las de seus sonhos, como não arranquei aquela que estava ontem, em seu lugarzinho,só vivendo seu espaço. Eu poderia te-la retirado dali, sem muito esforço, porém pensei em tudo o que expus acima e coloquei em meu caminho, como a samambaia e com isso me perguntei: E se alguém me tirasse de dentro de tudo o que vivo e amo, eu estaria feliz? Não! Portanto, como a samambaia, que apenas vive e se alimenta, sem buscar interferir negativamente no seu ecossistema, vou eu vivendo, amando e auxiliando meu ecossistema sem interferir negativamente, ou ao menos buscando não fazer isso, como a samambaia...

Temos o direito de nutrir nossa vida com tudo o que é bom, porém, também, de não interferir negativamente em nosso ecossistema, retirando mais do que o necessário para que sejamos felizes. Porque tudo o que utilizamos em demasia, mesmo se tratando de pensamento e sentimentos, fará falta, em algum momento, a alguém, ou a nós próprios.

fazer o certo é fazer o que é necessário, não o que desejamos!

Bom dia, boa semana, luz e paz a todos.

Rigoberto franceschi, Dirigente do Templo Guerreiros da Luz

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Muro em ponta de faca



Todos ouvimos inúmeras vezes essa expressão para significar uma insistência negativa sobre algo, ou alguém. Todos temos lembranças de algum amigo ou pessoa conhecida que tenha insistido tanto em alguma coisa ao ponto de saturar a si e a todos que estavam ao seu redor. Quantas vezes já fizemos isso também?

Algumas centenas de pessoas nos procuram (a mim e ao Templo que represento), desejando uma guinada em suas vidas. Mudanças financeiras, emocionais, familiares, e em todos os casos, sempre aprendo muito e, guardando esses aprendizados em pequenos saquinhos de memória, para que eu não erre tanto nos momentos em que as aflições chegam. Na grande maioria dos casos essas pessoas saem daqui não com aquilo que vieram buscar, mas com muito mais. Um dos grandes aprendizados que a filosofia Guerreiros da luz nos ensina é a “Lei do Movimento Continuo”, e que através disso nossas buscas se modificam sempre tão intensamente que por vezes não conseguimos acompanhar. Pessoas mudam seus sonhos, seus sentimentos em relação a si e aos outros. Paixões nascem, esmorecem e ou renascem. E nossa capacidade de reação e mudança por vezes não é tão rápida quanto as mudanças que ocorrem conosco e com as pessoas ao nosso redor.

As mudanças constante no mundo dos negócios requer perspicácia e flexibilidade. Muitos empresários, funcionários e profissionais liberais não conseguem acompanhar esse turbilhão de novos conceitos e estratégias e ficam para trás. Nesses momentos eles vem em busca de nosso auxilio imaginando que serão salvos. Sempre é possível uma ajuda e como disse acima, a grande maioria é auxiliada e retoma as rédeas de suas finanças. Porém, em alguns casos a pessoa fica em uma insistência doentia em tentar gerir seu negócio como fizera antes. E isso não é possível, como amanhã na será possível fazer como hoje. Essa frustração da não conquista irá gerar fraqueza e desanimo, podendo levar a muitos males.  

Como seres emocionais trazemos, uns mais, outros menos, a capacidade fantástica de transformação emocional. Essa capacidade nos dá vantagens de vivermos uma vida plena, na condição da superação. Amamos apenas uma pessoa na vida? Com certeza os sentimentos que envolvem o que chamamos de amor são tão intensos e infinitos quanto o universo. Imaginemos que pudéssemos alimentar apenas um sentimento diferente para cada pessoa. Seriamos uma raça limitada e fraca. Isso acontece, as vezes com algumas pessoas, que depositam “todo seu amor” sobre alguém, e quando essa pessoa muda, como naturalmente acontece com todos sempre, vai ficar um apego exagerado e a busca, masoquista e geradora de grandes frustrações, pelo retorno ao que acontecera no passado. Não há possibilidade de ser aquilo que se era nem tampouco de sentir que se sentiu antes. Os sentimentos que temos hoje são o reflexo do acumulo de sensações e vivencias que tivemos. Desejar sentir o que se sentiu ontem é uma ilusão que leva a infelicidade. Um relacionamento somente é possível ( nesse caso os relacionamentos pode ser encarados como, afetivos entre parceiros, pais e filhos, amigos, etc. ) quando as duas partes conseguem gerar flexibilidade suficiente para entender e aceitar as mudanças do, e no outro.

A realidade que criamos sobre os fatos condiz mais com a nossa percepção dos fatos do que o que eles realmente representam. Por isso alguns de nós concretizam suas verdades em perspetivas do passado e não conseguem admitir as mudanças que já ocorreram.

 Nos debatemos entre o que foi e o que é. Entre o que devemos ser e o que desejamos ser.
 Que fazem, então?

Como nossa capacidade é limitada a nossa percepção dos fatos, precisamos sentir o que acontece ao nosso redor, sem a interferência de nossa infantil resistência que se apega ao que já foi. Olhos e ouvidos atentos ao que acontece do lado de fora de nosso mundo, sem deixar sentimentos de medo e apego exagerado tomarem as decisões por nós. Estar consciente de nossas buscas e entrar em cada novo dia, novo ciclo, novo relacionamento, mesmo sendo ele velho, com a alma limpa, buscando o melhor de cada momento, faz a diferença entre aquele que vai vencer e aquele que já foi vencido.  

Para que dar muro em ponta de faca se temos a possibilidade de nos aconchegarmos em colchões suaves de novas possibilidades?

Desejo boa semana e “flexibilidade” necessária para que as mudanças sejam felizes para todos.

Rigoberto Franceschi, Dirigente do Templo Guerreiros da Luz.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O que você busca?


O que uma pessoa procura em um templo de Umbanda? Sabendo não ser a religião dominante, e, ao contrário disso sendo demonizada e trazida ao escárnio por algumas dissidências religiosas midiáticas, com grande poder de indução e, infelizmente a pior parte de todas, em minha humilde analise, por religiosos despreparados e afoitos. Tudo isso cria um ambiente pouco propicio para que as pessoas se aproximem e conheçam a Umbanda, seus costumes, suas tradições, sim, as suas tradições e hierarquias que somam muito a sociedade e aos seus participantes. Existem hierarquias definidas e conquistadas pelo tempo e determinação do participante, que entra como Abiâ (ao menos em nosso templo assim é), precisa fortalecer-se no trabalho fraterno durante dois anos. Para a maioria das pessoas, que vivem em um imediatismo que corrói as carnes, dois anos é uma eternidade e muitos não suportam a caminhada. Depois desses dois anos, lhes é dado a oportunidade de entrar mais profundamente, no que é chamado de processo iniciático ,de Iawô, com suas iniciações filosófica e ritualística, que deixa o individuo recluso do mundo para que esse tenha um retorno a sua essência e rememore sua natureza divina, com isso trazendo alivio e conforto a suas dores e o elevando ao entendimento de que somos parte integrante, cada qual em sua individualidade, nos tornado uníssonos em Olorum e sua criação. Depois desse passo (Iawô), esses iniciados tem a possibilidade de continuar esse processo fazendo outros, como, Adochu, Didê, Igí, Akeparô e por fim Babaeró, ou no caso feminino, Yaloeró. Todos esses “cargos”, iniciações são feitas e merecidas por quem as faz. Não há privilégios de nenhuma espécie. E nesse meio tempo essas pessoas exercem seu caráter de fraternidade trabalhando ao menos uma vez por semana no trabalho fraterno com as pessoas que procuram o Templo. Esse trabalho todo precisa de esforço, vibração e determinação. Cada etapa é vencida com alegria, por todos, porque todos os iniciados sabem que quando um vence todos vencem.

Porém eu sei disso, mas quem mais sabe?

Quando alguém chega até aqui, contradizendo tudo o que a mídia negativa diz, mesmo que subentendidamente  e consegue vivenciar um pouco de tudo isso, mesmo em doses pequenas, o que percebo, na maioria dos casos é que ficam extasiados. Perceber que é possível amenizar as dores em um contato direto com o sagrado (entidades incorporadas); entender que as dores, frustrações e aflições podem ser vencidas através do depósito de nossa esperança em algo superior e ao mesmo tempo visível, porque podemos ouvir e falar com esse “algo superior e divino”. 

Algumas dessas pessoas, por afinidade e sentindo um forte chamado decidem entrar nessa corrente de luz e se tornam Abiãs, e a partir desse momento tudo o que citei acima pode acontecer em suas vidas de sacerdócio, da iniciação em Iawô à consagração de Babaeró ou yaloeró. Essa caminhada só é possível pela pergunta que fiz no titulo “O que você procura?”. O universo visível e invisível é regido por forças uma delas é a “lei das vibrações”, que diz que tudo o que desejamos, a partir do momento em que iniciamos a busca, ao desejar, se tornará uma realidade. Primeiro uma realidade “invisível” para logo em seguida, dependendo da força imprimida, se tonar uma verdade visível. Para que essa lei aconteça em nossos caminhos é preciso que nos perguntemos: O que busco? Se a resposta da pergunta o trouxe até aqui, de alguma forma, mesmo lendo esse post, e contradizendo a “mídia”, é porque você deve estar aqui para conquistar aquilo que desejou. Esse é o fato! Então não fuja de seu caminho. A “mídia” traz verdades relativas e induz a pensamentos incorretos, porém aquilo que você sente, percebe e vivencia é a verdade. Sua verdade, não aquilo que querem que você acredite. As curas acontecem aqui, e não é ação de “demônios”, as limpezas, as mudanças de caminho para o melhor...

Pense nisso. Não desista de seus objetivos! Não diminua sua expressão de espiritualidade. Seja o que você é, e busque aquilo que te faz feliz.



Então, o que você busca?

 Rigoberto Franceschi, Dirigente do Templo Guerreiros da Luz

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Eterno Buscador.


Sou um buscador, antes de tudo e mesmo de vencedor, sou um buscador.
Em trabalho, nesse domingo, me surgiram algumas objeções quanto ao que estou vivendo. Trabalho intensamente na semana e, nos finais de semana em que as chuvas não caem, me vou, junto de alguns determinados Guerreiros, em direção a nosso espaço de campo. Nessa área estamos “construindo” um novo mundo, com as mãos, onde sonhos serão possíveis. Esse trabalho é árduo e, como um ser humano, me pergunto até onde vale a pena?

Meu trabalho como dirigente tem me tornado alguém melhor do que jamais fui. Meu trabalho hoje é auxiliar pessoas a vencerem suas objetivos e isso me faz feliz. Cada passo em direção a um sonho para mim é uma vitória. Descobri algo importante: esse é meu “Axé Pessoal”, minha vibração original. Através desse axé tenho a possibilidade de cuidar e proteger energeticamente as pessoas que me procuram e procuram pelo auxilio do Templo. Todo ser humano tem seu axé pessoal, e esse não é o Dom. Axé se constrói com determinação e muito amor ao que se faz. Alguém com um bom axé vibra tão intensamente que é possível perceber. Existem inúmeros axés pessoais, como por exemplo alguém que tem seu axé para medicina, e se torna um médico, enfermeira (o), instrumentista ou qualquer um da área da medicina, mas que se destaca, porque exala de si seu amor e determinação.. Meu trabalho hoje é auxiliar e proteger pessoas de situações que possam desviá-las de seus caminhos. Sei que ainda tenho muito a aprender e é essa perspectiva que me impulsiona a amar mais e mais o que faço. Muitas vezes choro as perdas junto daqueles que perdem, mas logo em seguida vibro com tanta intensidade sua vitória, salvo algumas que, por fraqueza e desanimo abandonam seus sonhos, se refazem e reiniciam suas jornadas em alguma instancia da vida.
Meu Axé pessoal me dá condições de vencer todos os dias.  Trato com centenas de pessoas, direta ou indiretamente, que procuram auxilio no Templo e cada vitória delas é minha vitória! Através dele aprendi que se um vence, todos vencem, se um perde, todos perdem.

Naquele momento, em nosso templo de campo, como um ser humano tive dúvidas, porém ao perceber a grandiosidade do que esta acontecendo em meu caminho e todas as pessoas envolvidas nele, sorri e agradeci pela oportunidade. Cansado fisicamente, aquele instante de duvidas me deu condições de entender mais profundamente os problemas pessoais daqueles que me procuram. Nesse caso aprendi há muito tempo que não existem problemas pequenos, existe o problema do momento de cada um. Tenho tido a oportunidade de auxiliar vidas, engrandecer caminhos e por isso, e só por isso já sou um vencedor.

Cada busca que iniciei em minha vida e aquelas que ajudo a concluir me dão aparato para dizer que sou feliz. Sou um buscador determinado, inquieto, audacioso.  Algum tempo atrás, talvez eu tivesse alguma ressalva para dizer o que estou dizendo, com medo de parecer mal interpretado, como um narcisista, porém hoje tenho outorga para falar o que falo e todos aqueles com quem convivo para darem respaldo a minhas palavras. Minha busca determinada, minha inquietação, e minha audácia são em prol dos sonhos daqueles que me procuram e vivem comigo, por isso, a cada dia mais me considero um buscador. Sou o buscador dos sonhos. E para mim, hoje não há diferença entre os meus e daqueles que amo.
Para finalizar quero deixar minha determinação, inquietação e audácia para todos os que precisarem nessa semana. Caminhos abertos nessa semana a todos os que não desistem.


Rigoberto Francesci, escritor, Dirigente do Templo Guerreiros da Luz. 

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Encantamento


Estou encantado...como nos filmes em que uma bruxa lança um feitiço e a pessoa fica abobalhada e acaba por fazer coisas que não lhe fazem sentido. Estou abobalhado com tudo o que tenho visto.Ontem tivemos o prazer de receber pessoas maravilhosas em nosso Templo. Pessoas vindas de vários locais do estado. De alguns locais com distancias de  800 km. Essas pessoas me encantaram pelo seu desprendimento em saírem de seus lares, viajarem distancias enormes para vivenciarem um momento que poderia não ser bom. O VII Encontro da Cultura Cigana realizado pelo Templo é realmente encantador para aqueles que o conhecem, Porém estamos falando de pessoas que não conheciam, ou meramente por algumas fotografias e se abalarem ao desconhecido, e ao imprevisível. Esses atos é que me encantam, me fascinam pelo desprendimento e coragem. Escrevo isso porque sei que temos sempre muitas coisas a perder em nossos caminhos e momentos de descanso são indispensáveis. Pessoas que deixam seus confortos, suas famílias e tranquilidade para executarem a coragem de vivenciar o novo, e o imprevisto. Dado isso também reconheço o esforço de pessoas que deixaram seus lares em prol desse evento maravilhoso, que contou esse ano com aproximadamente 190 pessoas. Esses determinados e resignados trabalhadores  que deixam seu descanso e lares para trabalharem pelos outros, me encantam. Estou a cada dia mais fascinado com as pessoas que me cercam. Reconheço meu encantamento em um mundo onde a individualidade e o egocentrismo é reinante, e a vejo todos os dias entre a multidão, como uma deusa que seduz e diz que "sou a peça mais importante desse jogo, sempre". Vejo todos trabalhando, cada qual em seu ritmo e percebo que o mundo pode ser diferente. Acredito, através de meu encantamento, que é  possível mudar um estado de coisas que parece tristemente imutável.

Sei das dificuldades de uma mudança, porém essas pessoas tem me mostrado um algo diferente do que a crueldade da intransigência dos significados superficiais em relação a tudo, fazem. Tudo se torna superficial diante da facilidade com que exercemos nos "livre arbítrio" embasados na deusa sedutora do egocentrismo. A família perde o real sentido de família, porque desejamos que ela seja como a dos comerciais de margarina. Veja isso todos os dias no fecebook. Pessoas instáveis, postando fotografias de família feliz, sem poderem articular com realidade o que sentem um  pelo outro. O momento da fotografia foi o instante em que estiveram juntos, ademais cada qual em seu canto. As amizades se tornam apenas balções de negócios, onde ajuda-se para depois pedir ajuda, sempre dando aquele toque sutil de "não concordo com o que ele faz"... Sei, e entendo como importante é o Ego. Através de nossas buscas pessoas vencemos grandes demônios, Através de nosso "ego" creditamos força para continuar nas lutas, e isso é bom. O que me constrange é que há momento em que podemos e devemos deixar de ser "eu" para sermos "nós"...

Eu poderia citar inúmeras situações onde a avareza de caráter invade as casas, as ruas, os locais de trabalho e as instituições religiosas. Por isso me fascino. Um local onde todos poderiam ser apenas eles, se tornam nós, os Guerreiros! Por isso escrevo e digo com todo meu orgulho que todos os que Deus coloca em meu caminho são prováveis, alguns são possíveis e outros são indispensáveis!

Sim! É possível mudar o mundo em que vivemos. Por longo tempo não acreditei nessa "utopia". Hoje sei que pessoas que se fascinam, exercem em si e nos outros um algo que chamo de "magia da mudança" e isso esta acontecendo muito belo e forte diante de meus olhos fascinados. No momento em que uma "bruxa" que chamo de Umbanda me fascinou, iniciei uma caminhada e outras pessoas tem se fascinado também. Nossa caminhada tem fascinado outros e assim acredito a cada dia com mais determinação que sim, é possível!

Nesse caso estou falando de mim, mas e você: dá para deixar a deusa de lado por algum tempo e ter coragem de mudar, viajar, fazer pelo outro um pouco, e se encantar?

Boa semana a todos!

Rigoberto Franceschi, Escritor, Dirigente do Templo Guerreiros da Luz



segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Espírito Cigano



Nessa semana , no dia 08 de Setembro teremos o VII Encontro da cultura Cigana no Templo. Logo que conheci essa cultura, através da umbanda, me reconheci tão intensamente nela que pude ver meu passado e meu futuro através daquela nova perspectiva.  Renasci e nesse renascer pude entender o espírito Cigano. O termos espírito ver de Expirit, ou sopro, vento da vida e Cigano vem de Gitano, errante, andante, livre.  Dentro dessas duas palavras posso reconhecer a cada dia minha vida e meu caminho. Sou um “espírito Cigano”, vivo, consciente e vibrante porque nunca mais pude abandonar minhas estradas, meus desejos e meus caminhos. Cada sonho sonhado, cada desejo realizado ou apenas buscado é um caminho que trilho com minha família (nesse caso a família é muito maior que os sanguíneos). Cada desejo é uma nova cidade que passo, levando minhas carruagens, meus apetrechos, meus amores, minhas dores... Me tornei um viajante que renova seus dias sob a luz da lua nova, anda em frente e Se determina com a lua crescente, refaz as forças na lua minguante e dança e canta os ganhos e perdas debaixo da luz cheia.


Posso estar em todos os lugares que desejo, estando onde estou. Posso viver todas as vidas, vivendo a minha vida, porque o espírito ciganos tomou conta de mim de uma forma tão intensa e pura que me tornei livre; Livre para pensar o que desejo, sentir minha paz e minhas tristezas sem medo; Livre para andar com todos os que amo e desejo bem e mais livre ainda para amar aqueles que me deixam. Sou feliz assim, simples como um tenda de panos e complexo como todas as cores possíveis exaladas pela natureza. Não tenho raivas excessivas e rancores que aprisionam tantos. Sou vivo, respiro o sopro do mundo e errante, gitano.  Amo muito, como o vinho que não perde o sabor com o passar do tempo e busco enaltecer minha família sempre, como o brilho do ouro que não se perde jamais, trazendo para cada um meu desejo de prosperidade, em todos os seus caminhos.

 Sei que no momento em que colocamos nossas consciências em alguma perspectiva e desejo ativamos em nós forças que convergem para que essa perspectiva aconteça. No momento em que focamos em algo, exercemos nossa vibração particular sobre essa “coisa” e ela se torna em parte nossa. No caso dessa Luz que reconhecemos como Ciganos, cada sensitivo que vibra e vive esses momentos deixa um pedaço, e leva um pedaço também, para todo o sempre. Aqueles que entram nessa vibração levam um pedaço desse espírito junto de si e deixam um pouco de si para engrandecer nosso trabalho e caminhos.

O dia 08 esta próximo e dentro em breve, nesse dia, teremos muitas pessoas (família) para que deixemos felizes. O que desejo é que a todos fiquem com a mesma sensação que tive com meus primeiros contatos com o “espírito Cigano”. A todos vocês, que as perspectivas sejam suficientes para cada um encontrar a felicidade no caminho e não na chegada. Que a cada partida deixe-se apenas o tempo passado e a alegria deixada;  que na caminhada se fortaleçam os laços com aqueles que caminham junto (família) e que em cada chegada se renovem as formas de amor por si e pela humanidade. Dancem a dança do mundo e estarão dançado com Del (Deus). Não se aprisionem pelo cansaço, pela tristeza e falta de perspectivas... Sejam livres, sejam “espíritos Ciganos”...

Boa semana espíritos livres...


Rigoberto Franceschi, Escritor, Dirigente do Templo Guerreiros da Luz.